Esses dias um avião passou por cima da minha casa de noite, tinha luzinhas de cor de luz e uma vermelha. Minha mãe chamou a Gi:
- Gi, olha ali, o que é isso passando no céu? - Um avião, né Vó. - Não, eu acho que é o Papai Noel. Tem uma luzinha vermelha, diferente dos aviões. - Vó, os aviões também têm essas luzinhas.
Quase convencida do equívoco no comentário da Vó, a Gi escuta uma música. Tipo em filme, quando entra aquele som de fundo bem baixinho.
“Natal, natal das crianças ... lalalala”
A Gi estala os olhos, segura forte na minha mão (medo), e diz:
- A Vó acertou, é ele!
Não sei da onde aquela música saiu, algum vizinho devia estar escutando ela. Mas que ela nos ajudou a despertar ainda mais a imaginação da Gigi, isso ajudou. Grata ao suposto vizinho que tocou a música na hora certa. ;]
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
- Porque não foste ao restaurante hoje? - Enjoei da comida. - Mas fomos apenas um dia almoçar lá. - Fiquei com o sabor marcado, não gostei. - E não poderia me avisar que não iria? Fiquei te esperando até agora. - Achei que tu pudesses imaginar. - Imaginar que não havia gostado da comida? - Imaginar que não gosto mais desse sabor. - E não poderia ter me avisado antes de termos combinado um almoço juntos? - Achei que não precisaria dizer nada a ti. - Achou que eu também deveria imaginar isso? - Achei que estava claro isso entre nós. - Ficou claro que não existiu um “nós”. - Era só termos ido a outro restaurante, talvez tudo pudesse ter sido diferente. - Seria o mesmo sabor, do que tu não gostaste. - Mas talvez, assim, eu tivesse repetido o prato.