quarta-feira, 22 de outubro de 2008

no divã

Na minha última visita à minha psiquiatra, eu notei que ela estava com uma carinha bem triste. Foi aí que eu comecei a fazer o papel dela, escutá-la. Era uma segunda-feira de noite, e ela me contou que a primeira paciente do dia dela tinha chegado ao seu consultório falando que ia se matar, se jogar do prédio onde trabalhava (só pode ser emo). Imagina só, a gente acha que começar uma segunda com um e-mail solicitando algo em prazo curtíssimo de entrega já estraga a semana, ou pisar numa simples poça de água é sinal que o restante daquela semana vai ser um inferno. E a emo que queria se matar, dizia que a culpa era da psiquiatra. Que não receitava os remédios corretos (como a emo saberia quais são os corretos?). Ok, eu não vou muito com a cara dessa minha psiqui, já tivemos nossas brigas (“Nathalia nega irritabilidade”), mas na última consulta foi a primeira vez que vi ela como uma pessoa normal (dessas que ficam tristes as vezes, sabe?).

Um comentário:

Unknown disse...

Eu fui uma vez na vida na psiquiatra e ela tinha olhos fundos e tristes. Me deu agonia e nunca mais voltei ao consultório dela e de nenhum outro psiquiatra. Mas de fato achar que ela era mais loca que eu me fez bem. HAHA